sexta-feira, 11 de junho de 2010

Backstreet Boys se apresentam no NYC Hammerstein Ballroom: fãs agressivas, lágrimas e, ah sim, o show.

Qualquer um que ainda duvide do eterno apelo das boy bands, bastava dar uma olhadinha na fila que contornava o quarteirão do lado de fora do "Manhattan's Hammerstein Ballroom" por volta das 18:30, ontem a noite, algumas horas antes do show dos Backstreet Boys começar. Na batalha para agradar os fãs, existe sempre uma disputa entre gosto musical e nostalgia, e essa última sempre vence. O homem que estava atrás de im na fila ficou tão estupefato com as fãs enfrentando a chuva por uma chance de estar alguns centimetros mais perto do Nick, Howie, A.J., e Brian, que ele se virou pra sua namorada e disse, "Lógico que terão garotas histéricas. É uma boy band."

Essa frase ficou na minha cabeça enquanto eu me dirigia para a entrada do salão. Eu já fui a três shows dos Bckstreet Boys na minha adolescência (se você considerar que 5 anos atrás é adolescencia), e eu sinto que eu cresci de lá pra cá. Eu tinha certeza de que as rixas, as brigas entre fãs e as "meninas loucas" que eu já tinha encontrado no passado não existiriam mais, se não completamente, ao menos em quantidade reduzida. Eu estava errada. O fato é que hoje está pior do que já foi no passado.

Algumas das fãs agressivas se transformaram em mães agressivas que estavam imbuidas do desejo de proteger os espectadores novatos. Também tinham aquelas fãs que pareciam não ter ganhado filhos, mas uma sede insaciável por alcool que se arrastava desde os seus primeiros Backstreet dias. Ver esses dois grupos juntos foi como assistir um bando de hienas famintas, espumando em busca de animais vadios. (Eu não tenho certeza sobre qual grupo era qual animal nessa metáfora.) Eu testemunhei dois grandes empurra-empurra e gritaria durante o show, um, inclusive, que terminou em choradeira. Adicione a essa diversão uma mãe que me socou meu ombro duas vezes enquanto eu tentava fugir do tumulto, eu fiquei perplexa. Eu não invejo os guardas que tentaram acalmar a multidão. Na maioria das vezes a ameça de retirar essas pessoas do local do show funcionou, mas não sem as trocas de olhares ameaçadores entre as meninas. Talvez ao meu lado (do lado direito do palco) tenha sido, particularmente, mais agressivo, mas eu não acredito nisso. No final do show, enquanto eu caminhava para a saída, eu ouvi pelo menos outras três estórias de tumulto. Da próxima vez que eu for assistir a um show dos Backstreet Boys, quem sabe eu não leve soqueiras para me proteger.

Vamos ao show, propriamente dito: As 22 músicas do setlist incluem, principalmente, canções antigas e, eu acredito, nenhuma de Unbreakable. Em um show onde a maior parte dos ingressos foi vendido para fãs de longa data, esse foi um bom começo. Como eu esperava, os quatro membros restantes (Kevin saiu em 2006) estavam em ponto de bala. Esses rapazes se orgulham dos trabalhos vocais, e quando você os vê ao vivo, é fácil entender o motivo. A.J. McLean, conhecido do grande público pela sua reabilitação em 2001, sempre teve a voz mais forte do grupo, e na noite passada ele brilhou, especialmente durante "Incomplete". Poucos cantores que eu conheço tem a habilidade de colocar tamanha força em uma única nota ao ponto de fazer as veias do pescoço saltarem, sem que isso arruine a nota e a canção.

Eu senti que a banda ainda tem que se ajustar aos espaços menores em que vem se apresentando ultimamente. Alguns passos da coreografia eram muito dificieis de ver em alguns pontos da pista. Alguns desses passos ficariam muito melhores em grandes estádios, com telões enormes dos dois lados do palco. No entanto, meu convidado, virgem em shows dos Backstreet Boys, me disse que adorou a presença de palco, animação e interação do grupo. Depois de assistir a tantos shows do mesmo grupo, algumas vezes esquecemos de apreciar os detalhes que eles trazem ao palco. Ainda não existe nada igual ao relacionamento que os Backstreet tem com as suas fãs: é pessoal, e isso te faz sentir mais um membro de um club (algumas vezes agressivo) e menos "mais um na multidão".

Eu acho que é por isso que soou tão estranho ouvir McLean gritar a frase de efeito do grande hit de 1997, "Everybody (Backstreet's Back)" no começo do show. Para muitas fãs, os Backstreet nunca foram a lugar nenhum. Eu imagiino que a menina sentada no 3° mezanino, que estava a no meio do caminho até o gradeamento de proteção duerante a maior parte do show, concordaria comigo.

Fonte: Music Mix (Posted by: Sandra Gonzales - 11/06/2010)



E ai meninas, o que acharam do relato que a Sandra fez? Voces concordam com essa observação sobre as fãs que, aparentemente, não cresceram?

Tradução livre e postagem por: Dannynha Mansani

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