sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

[#BSBinBrazil] Backstreet Boys voltam para show no Recife

Banda inicia no Brasil uma turnê pela América do Sul

Sucesso nos anos 90, o grupo americano Backstreet Boys faz show nesta sexta-feira, no Chevrolet Hall. O show que o Recife assiste hoje do Backstreet Boys, a partir das 21h, no Chevrolet Hall, não é mero acerto de contas dos quatro (eram cinco) ex-garotos com o sucesso. Ou a tentativa de recuperar algum flash da relevância tida e vivida num pretérito mais-que-perfeito. Eles não são o foco único desta noite. Importantes são as lembranças e a vergonha de quando o corpo se fazia só hormônios de uma geração hoje na faixa dos 20 e poucos ou 20 e muitos anos. Queiram ou não queiram os juízes, o Backstreet Boys é cancioneiro emocional, “comfort music”!

Quando procurávamos personagens para essa matéria, uma das primeiras respostas veio embalada numa pergunta, “Serve ex-fã?”. Melhor, impossível. “Eu não tenho vergonha de ter sido fã deles. Foi uma fase na minha vida. Rapazes bonitos, música dançante... Mas eu deixei de ser a fã obcecada que era. Nem tenho o último disco deles. Fazia meu pai comprar um pôster novo toda semana”, lembra a estudante de turismo Maísa Oliveira, 23 anos. Apesar do tom blasé, vem de João Pessoa com um grupo de amigas numa van alugada. Ah, essas “ex” que jamais perdem a condição de viver com um olho no futuro e outro no passado.

Dizem que fãs adolescentes são volúveis, que largam seus ídolos assim que as espinhas vão esmaecendo e o controle do corpo é retomado com a chegada dos 20 anos. A designer Juliana Fernandes, 23 anos, sabe bem disso. As amigas que eram fãs do grupo, quando ela envergava 12, 13 anos, mudaram de gosto, deixando-a ilhada com sua paixão. Para diminuir o isolamento em tempo de vésperas, montou uma comunidade no Orkut com o nome Backstreet Boys Recife: Eu vou. “Não esperava que tanta gente ainda gostasse deles. Hoje já são quase 840 pessoas na comunidade”, revela, com o suspiro típico de quem se viu resgatada da condição de ser uma Robinson Crusoé do pop de ontem.

Juliana viu um show do grupo em 2009 no Brasil, na turnê do álbum Unbreakable. “Foi sensacional”, lembra. Reclama apenas do set-list da apresentação de hoje, que não conta com sua música favorita, Just want you to know, justamente de um álbum que simboliza sua fidelidade pelos ex-rapazes, Never gone (Nunca abandonado).

O especialista em marketing Victor Cyreno, 23 anos, não resistiu. Com o anúncio do show, levou de volta toda a discografia do grupo para o seu iPod: “Foi um momento ‘10 anos mais jovem’ que vivi, tipo programa de TV mesmo, mas no primeiro impacto só isso. Logo nas primeiras músicas eu me perguntei: ‘Como é que eu curtia isso? Como eu me identificava com isso?’ Pode parecer que eu estou ‘cuspindo no prato’, mas, ao mesmo tempo, eu me diverti bastante com o poder zoar o meu ‘eu mais novo’. ‘Eita, essa música me lembra isso’, pensava cada vez que outra canção melosa começava. Percebi que o BSB e outras bandas pop dos anos 1990 fizeram parte da construção do que eu sou hoje.”

A arquiteta Fernanda França, 27 anos, é fã do grupo desde que ele estourou em 1994. Com um grupo de amigas fundou a confraria Backstreet Boys Sisters. Ano passado, elas participaram de um flash mob que mobilizou fãs do mundo inteiro na comemoração dos 17 anos de carreira do grupo. Como parte do evento, dançaram o sucesso Larger than life em pleno Parque da Jaqueira. A performance está disponível pelo YouTube. É só você colocar backstreet boys + flash mob. Precavida, Juliana comprou o seu ingresso numa promoção do site oficial dos ex-garotos. Seu ingresso dá direito a assistir o ensaio que eles fazem hoje no Chevrolet Hall e, glória das glórias, foto com o ídolo, tudo isso pela bagatela de 300 dólares. “Eles têm um cuidado muito grande com a gente”, afirma.

Quem não tem as regalias do fã-clube, teve de se virar com a velha estratégia de Maomé vai à montanha. Ontem à tarde, fãs faziam vigília na frente do Hotel Atlante Plaza. Quem foi não se arrependeu. Simpáticos, os ex-garotos mandaram tchauzinho para os fãs, e Brian Littrell deu até uma reboladinha da janela. Informações iniciais davam conta que o grupo chegaria ao Recife na tarde de quarta. Mas eles só pousaram por aqui na manhã de ontem.

Apesar de não ser uma turnê de despedida, o show de logo mais terá um gostinho de adeus, ao menos para o Boys CDU, paródia local dos Backstreet Boys, que fez sucesso na internet há alguns anos. “Vamos hoje à noite tentar gravar alguma coisa para o nosso último vídeo de dublagem com músicas dos Backstreet Boys”, avisa um dos Boys CDU, Gabriel Oliveira. A música de despedida não poderia ter sido melhor, a “fecha-alas” emocional Quit playing games with my heart (Pare de brincar com o meu coração).


Créditos: JC Online.

Subscribe to ..::We Love AJ McLean::.. by Email

Nenhum comentário: