quinta-feira, 15 de julho de 2010

[ENTREVISTA] Meninos & Meninas: Cassie Ramone entrevista A.J. McLean


Meninos & Meninas: Vivian Girls', Cassie Ramone, conversou com o Backstreet Boy, A.J. McLean

Enfrentando a aversão ao pop, os Backstreet Boys estão em turnê pelos Estados Unidos, durante o verão, para promover seu sétimo álbum, This is Us. O trio indie, Vivian Girl's, por sua vez, estão em turnê na Europa, durante o verão, para promover seu segundo álbum, Everything Goes Wrong. Em tese, eles tem muito em comum. Abaixo, a lider do Vivian Girls', Cassie Ramone, irá conhecer o Boy A.J. McLean.

Cassie Ramone [CR]: No final da turnê vocês irão retornar ao estúdio. Como será o oitavo álbum?

A.J. McLean [AM]: Provavelmente iremos voltar as nossas raízes, musicalmente falando. voltaremos ao "I Want It That Way,"  "Shape of My Heart." Esse tipo de música.

CR: Falando de "I Want It That Way," essa música sempre me confundiu. Eu nunca entendi do que ela fala, exatamente.

AM: Eu gostaria de poder explicar, mas nós não temos a menor idéia. Nem mesmo o compositor da música, Max Martin, consegue nos explicar. Eu acho que é apenas uma música fácil de se cantar. É bem melódica, 
mas nada complicado.

CR: Qual é o maior equívoco das pessoas em relação aos Backstreet Boys?

AM: O fato de ainda existirmos. Muitos críticos querem que a gente desapareça, mas nós não estamos indo a lugar algum.

CR: Voces estão em turnê nesse momento, e voces são conhecidos por terem palcos muito elaborados. Já aconteceu algum desastre?

AM: Existiram vários ao longo dos aos, desde som falhando até luzes apagando, coisas pegando fogo, alguém esquecendo a coreografia ou caindo no palco. Nós sempre subimos no palco esperando que nada dê 
errado, mas nunca se sabe. Desde que ninguém se machuque, a gente ri e segue em frente.

CR: Você também tem um álbum solo sendo lançado. Como ele será?

AM: Ainda é pop, mas com certeza tem mais pegada, mais rock, pop e soul. É meio que uma mistura entre Leni Kravitz e Ben Folds. Eu tenho trabalhado nele durante os últimos cinco anos e ele acabou de ser 
lançado no sudéste Asiático. Será lançado na Europa, Estados Unidos e Canadá até o final do verão.

CR: Você alguma preferencia músical que surpreenderia as pessoas?

AM: Provavelmente Enya. Alguns anos atrás eu estava dirigindo na 405 em L.A., era uma Range Rover que eu tinha, toda estilizada -- rodas altas e as janelas eram todas pretas. Uns rapazes em um carro conversível pararam do meu lado e estavam tipo, 'Cara, carrão!' Eles estavam ouvindo Dre e eu liguei meu CD e era Enya. Eles olharam pra mim e arrancaram. Eu fiquei, ' O que? Isso é música das boas! Não me julguem pelo fato de eu estar dirigindo uma Range Rover, isso não quer dizer que eu não posso ouvir Enya."

CR: Qual o melhor CD que você comprou nos ultimos anos?

AM: Eu comprei três. Com certeza Lady Gaga. Eu sou um grande fã dela. Quem mais? La Roux. Eu também comprei o The Essential Johnny Cash.

CR: Como é um tipico dia seu, quando você não está em turnê ou em estúdio?

AM: Eu acordo por volta das 9 ou 09:30, faço café, vou à academia, volto pra casa, brinco com meus cachorros e fico por ali. Eu voltei a me interessar por fotografia, então quase sempre quando estou em casa, 
estou no meu estúdio. Também venho planejando meu casamento. É uma agenda bem variada.

CR: Você se interessa por arte visual? Quem é seu artista favorito?

AM: Não é como desenhar ou fotografar, mas um dos meus melhores amigos Tyler Shields é, provavelmente, o fotógrafo e artista mais incrivel que eu conheço. Na minha opinião, ele será quase um Leibowitz ou Herb Ritts. Ele é espetacular. Ele tem uma visão e tanto.

CR: Que tipo de arte ele faz?

AM: Ele faz fotos de celebridades, mas é diferente. Eles fez toda aquela série, por exemplo, como "Smoking Kills" e ele escreveu as palavras "Smoking Kills" com cigarros. Tem sangue no fundo e cigarros queimados, é estranho, avant-garde e meio irritante. Muito sangue, muita coisa estranha. Ele é estranho, um cara estranho.

CR: Eu terei que ver isso de perto! E sobre arte corporal? Qual a tattoo mais recente que você fez e onde você fez?

AM: Faz um tempinho que fiz a ultima tattoo, eue stava no Japão promovendo meu primeiro álbum solo. Eu escrevi o nome da minha noiva nas minhas duas mãos, Ro Ro. Logo abaixo do meu dedão eu escrevi 'Ro Ro' dos dois lados. Os meus dois braços estão praticamente cobertos, mas estou preenchendo os espaços do meu braço direito com algumas nuvens. Meu braço direito é o céu e meu braço esquerdo é o inferno. Eu tive bons e maus momentos.

CR: Você considera as outras boy bands dos anos 90 como amigos ou rivais?

AM: Na sua maioria, amigos. Nunca houve uma real rivalidade. Howie frequentou o ensino médio com Chris Kirkpatrick do N'sync e eu conheço Joey Fatone, também do N'sync, há anos. JC Chasez e Justin Timberlake também são grandes amigos meus. Eu jogo golf com Justin sempre que ele está de folga. Nick Lachey, do 98 Degrees, somos amigos de todos esses caras. Nós todos tentamos sair juntos.

CR: Bandas como Korn e Limp Bizkit também eram populares na época que os Backstreet Boys começaram a ficar famosos. O que você acha desse tipo de música?

AM: Nós somos fãs de Korn, e eles admitindo isso ou não, eu conheço [o líder do Korn] Jonathan Davis e ele é nosso fã. Quando você ouve algo no rádio que é popular e melódico, você não pode negar [o apelo]. 
Mesmo que você queira ser o fod** e agir meio 'Não, eu gosto de Limp Bizkit. Eu não posso gostar de Backstreet Boys.' Sim, você pode. Não é uma coisa ruim gostar da nossa música, mas algumas pessoas pensavam que era. Atualmente a maior parte dos nossos fãs cresceram e estão mais velhos, então temos muito mais rapazes nos nossos shows, admitindo que durante o ensino médio eles eram fãs escondidos de 
Backstreet Boys, o que é muito legal, sabe?

CR: Como era seu grupo de amigos no ensino médio?

AM: Eu só frequentei o primeiro ano do ensino médio, os demais eu estava em turnê com um tutor. Mas quando eu ia pro colégio, eu costumava passar tempo com as meninas. Eu era do tipo bom amigo, não 
gay. Eu era do tipo que evitava drama -- Eu era o palhaço, eu fazia parte da equipe de atletismo, era isso. Eu sentava com as meninas no almoço, a lider das lideres de torcida me chamou pra sair. Foi estranho.

CR: Você sentiu falta da escola quando saiu em turnê?

AM: Não muito. Enquanto a maior parte dos meus colegas estavam lendo Shakespeare eu estava em turnê na Inglaterra e tendo a oportunidade de ir até a casa dele. Eu estava visitando todos aqueles lugares que, em 
outras circunstancias, eu apenas leria a respeito -- era como uma versão 3D da escola. Eu sentia falta de me meter em encrenca na escola, entretanto. Ficar com alguma garota atrás da arquibancada, ou fazer festas em casa, ou ir a bailes e voltar pra casa. Eu não pude fazer nada disso.

CR: Falando em colégio, você conhece o jogo "transar, matar ou casar?"

AM: Não.

CR: Eu irei te dar três opções, e você tem que escolher uma com a qual faria sexo uma vez, mas nunca mais falaria ou veria a pessoa; com quem você casaria, platonicamente, pelo resto da sua vida, e uma a qual você mataria. Suas opções são Minnie Mouse, Jessica  Rabbit e Betty Boop.

AM: Eu casaria com a Betty Boop porque ela está tatuada no meu braço. Eu faria sexo com a Jessica Rabit e eu mataria a Minnie Mouse. Eu cresci na Florida, onde tudo é Disney. Sim, eu definitivamente daria um fim na Minnie Mouse.

CR: Você acredita em astrologia?

AM: Acredito. É engraçado dizer isso, porque quando eu era muito jovem eu não entendia muito bem, mas minha mãe me apresentou a esse mundo. Eu sou de capricórnio e meu horóscopo quase sempre dá certo.

CR: Você acha que se enquadra na personalidade de capricórnio.

AM: Eu sou o exemplo de Capricórnio. Capricornianos tem um senso ético no trabalho muito grande, são grandes comunicadores e tem corações enormes, que, infelizmente, quase sempre são machucados. Eu sou mais mais de dar do que receber. Eu realmente gosto de cuidar de todos aqueles com os quais eu me preocupo, antes mesmo de mim. Eu estou aprendendo a lidar com isso e estou tentando me colocar em primeiro plano, mas ainda é difícil. É o tipo de pessoa que eu sou. Eu sou uma pessoa que gosta de se doar. Eu amo fazer as pessoas felizes. Eu sou um bom trabalhador, eu sou meio que viciado em trabalho.

CR: Você tem alguma tendencia obsessiva compulsiva?

AM: Sim. Eu sou muito meticuloso com as coisas da minha casa e o fato de elas deverem estar em determinados lugares. Se alguém toca minhas coisas ou as muda de lugar, eu fico subindo pelas paredes. Cada coisa está no seu lugar e está lá por um motivo. Tem algumas coisas que foram colocadas em determinados lugares por razões espirituais e outras estão em determinados lugares porque é lá que eu quero que fiquem. Ou meu Seville 68 -- ninguém pode dirigí-lo além de mim. Ninguém. Mas, você sabe, se eu saio e bebo alguns drinks ou eu não posso, por qualquer outro motivo, dirigir de volta pra casa e eu estou 
com minha noiva, ela é a exceção. Ela é a única pessoa que pode dirigir aquele carro.

CR: Se os Backstreet Boys fossem uma família, qual seria o papel de cada um?

AM: Quando Kevin estava conosco, ele com certeza seria o pai. Eu diria que o Brian é a mãe. Howie é o irmão mais velho. Eu sou o irmão do meio, do tipo que tem bons e maus momentos, o rebelde. E Nick é o bebê.

CR: Voces ainda tem contato com o Kevin?

AM: Claro. Ele ainda é da família. Ele está atuando, ainda compõe e produz. E ele é pai agora. Ele está curtindo sua vida e fazendo seus trabalhos solo. Mas as portas estão sempre abertas caso ele queira voltar.

Fonte: PaperMag by Elizabeth Thompson

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