quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

[NEWS] Os fãs serão adolescentes outra vez

Maria, de 46 anos, é membro das
Backstreet Sisters 

“Só é quem fã pode entender”. É assim que a cearense Wol­­lia Martins tenta explicar a sen­­sação de finalmente poder ver seus ídolos ao vivo. Da mes­­ma forma que ela, outras fãs dos Backstreet Boys se preparam pa­ra a apresentação que aconte­ce amanhã, no Recife. O show pro­mete ser uma catarse coleti­va para os fãs, alimentada pela nos­talgia da época de ouro do pop adolescente, que marcou a vida de muitos jovens nos anos 1990.

Empolgada com o anúncio do show dos Backstreet Boys no Re­cife, a estudante Juliana Fer­nan­des decidiu reunir outros ad­miradores do grupo que iriam à apresentação por meio de uma comunidade no Orkut. “Me surpreendeu o número de pes­soas que apareceram; es­tão to­dos muito animados”, diz. Den­tre essas pessoas estava Wol­lia, 25, que vem de Fortaleza com um grupo de amigos pa­ra ver o grupo. “Foi muita emoção, pois eu não teria condições de ir para São Paulo”, diz.

Gabriella Mendes sabe as dificuldades de ter que se deslocar para o Rio ou São Paulo para assistir a um show dos rapazes. Em 2001, no auge do sucesso do grupo, ela saiu de Palmares (PE), junto com o pai e seguiram de ônibus para a capital paulista. Lá, dormiram do lado de fora do estádio do Morumbi, junto com centenas de fãs. Segundo ela, no entanto, to­das as dificul­dades foram compen­sadas. “Era um sonho realizado; o show foi inesquecível, mui­to melhor do que eu pode­ria imaginar”, enfa­tiza. Dessa vez, o encontro com os ídolos, ao menos, será mais confortável.
Gabriella foi de ônibus à SP por amor ao grupo
 
Para aqueles que associam os fãs de Backstreet Boys apenas às meninas, deve surpre­ender o nú­mero de homens que poderão ser vistos amanhã. E não, eles não estarão acompanhando as namoradas. “Na verdade, mi­nha namorada nem curte o som deles”, diz o estudande Caio Xavier, 21. “Mas sou fã há bas­tante tempo, e como meus amigos também gostam, vou com eles”. Fã dos rapazes desde adolescente, ele confessa que nunca sofreu nenhum tipo de dis­criminação por gostar do gru­po. Já Rodrigo Silva não pode dizer o mesmo. Por oito anos, ele foi cover dos Backstre­et Boys (era o Kevin no gru­po com os amigos), e, durante as apresentações, sempre ouvia co­­mentários desagradáveis. “Mas eu não me importava com is­so, levava na brincadeira mesmo”. 

Mas a paixão pelos Backstreet Boys não tem idade. É o que comprova a dona de casa Maria da Conceição, de 46 anos. “Na época que eles explodiram, eu estava passando por uma fase complicada. O afeto pela banda me ajudou a superar aquele mo­mento. Aí me apaixonei pe­los meninos”, lembra. Maria faz parte do grupo Backstreet Sisters, que se reúne regularmente para trocar informações, além de eventos e ações, como um abaixo-assinado eletrônico para trazer os rapazes ao Recife. “A­credito que tivemos uma participação na vinda deles pra cá”, ressalta uma das integrantes, a estudante Clarissa Ribeiro, 23. 

“No começo tem aquela euforia, aquela paixão, loucura. Agora o amor é mais maduro”, define Maria da Conceição. Seja qual for o estágio atual do relacionamento fã-grupo, uma coisa parece ser consenso entre eles: amanhã, pelo menos por duas horas, todos serão adolescentes mais uma vez.

Créditos: Folha PE


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