terça-feira, 22 de junho de 2010

Pelos próximos 17 anos, chamem os "Backstreet Boys" de "Man Band"

Para todos os descrentes: Backstreet Boys estão de volta, ok? Na próxima semana os rapazes irão para a costa Leste se apresentar na Parada do Orgulho Gay de São Francisco e no Warfield Theater. Entretanto, se você perguntar aos rapazes eles dirão que nunca se separaram ("Never Gone") e que são inseparáveis ("Unbreakable"). (Isso mesmo, esses eram os nomes dos mais recentes álbuns deles, que parecem ter usado um tema atual.) Mas temos que admitir -- 17 anos depois, quase uma década desde que as boy bands começaram a desaparecer, os Backstreet Boys são o único exemplar, vivo, daquele fenomeno cultural que continua a fazer shows.

Todos esses anos presenciaram muitas mudanças. O grupo abandonou a gravadora Jive Record, recentemente -- um rompimento que o membro da banda, A.J. McLean, nos disse irá abrir muitas portas para os Backstreet Boys. Agora, os quatro membros podem ser eles mesmos -- o que inclui seguir os passos de bandas com longas carreiras como os Rolling Stones e Eagles -- e preparar as músicas para "os próximos 17 anos." Em breve o grupo irá chegar ao mar com um Cruzeiro Backstreet Boys, com fãs mais velhas, incontroláveis e intoxicadas. Onde nós nos inscrevemos?

Hey, A.J. Como você está?
A.J. McLean: Eu acabei de receber uma notícia não muito boa sobre meu cachorro mais velho. Ele foi diagnosticado com cancer de tiróide. Isso tem sido um grande turbilhão emocional.

Sinto muito. Obrigado por ter reservado um tempo pra conversar comigo.
A.J. McLean: Se problemas.

Como vai a turnê?
A.J. McLean:  Os shows estão esgotando. As fãs estão muito empolgadas. Nós estamos ansiosos para voltar a San Fran.

Como você acha que será tocar na Parada?
A.J. McLean: Eu tenho muitos amigos gays e lésbicas que estão super excitados com a nossa participação. Eu quero me envolver profundamete no movimento gay e lésbico. Um dos meus melhores amigos acabou de começar a fazer uma lista amarela para os gays e lésbicas de Los Angeles, então eu tentarei colaborar e tentar lutar contra a "Prop 8"... Tentar trazer igualdade a todos.

Por que os Backstreet Boys romperam com a Jive Records mês passado, depois de mais de uma década?
A.J. McLean: Já era hora. Foi um rompimento amigável. Agora temos liberdade para sermos os artistas que nós somos. Felizmente, as gravadoras estão se tornando obsoletas, [o que está] dando aos artistas mais liberdade para serem criativos sem aquelas pessoas dizendo quais músicas você deve fazer. Nós todos conhecemos tantos compositores talentosos ao longo desses 17 anos, que nós podemos, facilmente, pegar o telefone, ligar para o T-Pain e dizer, "Hey, nós estamos entrando em estúdio em Setembro. Vamos fazer um novo álbum;"

Vocês não tinham essa possibilidade, antes?
A.J. McLean: Nós tinhamos, depois deixamos de ter. Tinha um quê de ditadura, o que acontece na maioria das gravadoras. Eles meio que te controlam. Mas perto do fim, antes de rompermos, nós estavamos tendo mais controle sobre nossa música. Pelo contrato, nós ainda temos mais um álbum, mas apenas no Japão ele será lançado sob o selo Jive Records, e depois nós começaremos a trabalhar no novo álbum que deve sair no outono, que poderá tanto ser em uma nova gravadora quanto venda direta. Ainda não decidimos.

As pessoas devem esperar por um estilo dierente de música no novo album?
A.J. McLean: Um pouco. Esse próximo album será como nós queremos soar nos próximos 17 anos. Nós definitivamente nos espelhamos em grupos como os Rolling Stones e Eagles, ter aquela longeividade com aquele poder. Nós já provamos que podemos fazer isso, mas agora é hora de os Backstreet Boys serem quem queremos ser.

O que você acha que causou o desaparecimento das boy bands?
A.J. McLean: Essa grande explosão pop aconteceu no final dos anos 90, começo dos anos 2000, e foi excelente pra todo mundo. Tinhamos nós, NSYNC, 98 Degrees, Britney Spears, Christina Aguilera. Durou o tempo que tinha que durar e alguns grupos não quiseram continuar. Alguns não mantiveram o sucesso com o qual estavam acostumados, então desistiram. Outros grupos, também, como o NSYNC, tiveram membros que sairam e foram tão bem sucedidos sozinhos, se não mais, quanto no grupo. Eu acho [Justin Timberlake] está muito melhor sozinho. Eu acho que ele era muito bom enquanto parte do grupo, mas eu acho que algumas pessoas, como parte de um grupo, se destacam mais que outras. Nós sempre dissemos que nunca iríamos prender uns aos outros. Eu acabei de lançar meu primeiro álbum solo em toda Ásia e está quase sendo lançado nos Estados Unidos, Europa e Canadá, no final do ano.

De quem foi a idéia de fazer o Cruzeiro dos Backstreet Boys?
A.J. McLean: Foi uma idéia coletiva. Nós temos falado sobre isso já ha alguns anos, porque temos ouvido falar de outros artistas que também fizeram, como o New Kids On The Block. É algo legal para nós e nossas fãs. Seja numa festa na psicina ou numa noite no cassino... nós faremos um show completo, com as dançarinas. Nós poderemos fazer algumas coisas estranhas. Eu ouvi alguns rumores de que o New Kids vão, em grupos, e batem na porta das fãs para dizer oi e passar um tempo.

Não me parece que ha alguns anos atrás voces fossem capazes deir bater nas portas dos quartos das fãs, por conta de toda aquela histeria que os cercavam.
A.J. McLean: Yeah, eu acho que essa não seria uma boa idéia. Mas agora que nossas fãs são mais velhas, elas ainda se descontrolam. Acredite. Ainda existem fãs que desmaiam, que jogam calcinhas e sutiens. É loucura. Elas só estão mais velhas. E agora que são mais velhas, elas podem beber, então ficam ainda mais apimentadas. Elas se divertem, se deixam levar.

O alvo de voces ainda são as pessoas que cresceram ouvindo a música dos Backstreet Boys?
A.J. McLean: Eu poderia dizer que nossa base fãs tem entre 25 e 45 anos. Mas ainda existem muitas garotas adolescentes que vem aos nosso shows e muitas crianças. Porque agora, as fãs que cresceram conosco estão casadas e tem suas próprias famílias. Os seus filhos olham pra gente como se fossemos novidade, então estamos começando todo aquele Backstreet Boys pandemonio novamente.

Agora que voces são homens, como voces se sentem ao serem entitulados como boy band?
A.J. McLean: Nos faz sentir jovens novamente. Hoje em dia, isso não nos encomoda mais. No comecinho, encomodava. Agora somos chamados de "man band".

Os títulos de alguns dos álbuns de voces, como Never Gone, Unbreakable, e This is Us, soam defensivos. Eles são?
A.J. McLean: Eu não acho. Eu que o único título protetivo que tivemos foi Black & Blue. Naquela época, com a gravadora [sendo processada] e com tudo que estava acontecendo consco, pessoalmente... eu indo para a reabilitação, Brian passando pela cirurgia de coração, alguns de nós perdendo membros da família... Foi uma época dificil. Nós também tinhamos rompido com nosso agente. Nós nos sentimos agredidos e machucados.

As letras do seu album solo são mais explicitas. É nessa direção que você gostaria de ver os Backstreet Boys seguindo?
A.J. McLean: Eu acho que isso é mais eu do que os Backstreet Boys. Nós somos quatro individualidades, mas ainda somos um grupo. Alguns dos caras já são pais. Eu acho que seria um pouco desconfortável se eles cantassem letras que são impróprias e absurdas. Isso é o que se espera de mim, porque eu não sou do tipo que fico adoçando as coisas.

Em nome dos velhos tempos, qual sua música e NSYNC favorito?
A.J. McLean: Será um empate porque eu sou um grande amigo do JC [Chsez] e do Justin. JC e eu trabalhamos juntos em algumas músicas tanto para meu album solo quanto para os Backstreet Boys. No quesito música eu fico com -- "Gone." É um album muito bom, bem eito e trabalhado. É um tipo de álbum que eu gostaria que nós tivéssemos.

Voces alguma vez se reuniram para relembrar os tempos de boy band?
A.J. McLean: Se eu estou no estúdio com o JC, nós começamos a conversar, e irá surgir o assunto de quando estavamos todos juntos em turnê. "Lembra daquele lugar... lembra daquela garota... lembra daquela festa... lembra daquele show." Se nós escrevessemos um livro juntos, por Deus, seria maior que Guerra e Paz.

Fonte: SFWeekly (by Taylor Friedman. Jun.22,2010) - Tks @misha_bsb

Tradução livre: Dannynha Mansani

Um comentário:

Fran disse...

Adorei a reportagem...Jay e incrivel...amooo!!

Continuo assim ANGEL....adoruu vir aqui!