Maria, de 46 anos, é membro das Backstreet Sisters |
“Só é quem fã pode entender”. É assim que a cearense Wollia Martins tenta explicar a sensação de finalmente poder ver seus ídolos ao vivo. Da mesma forma que ela, outras fãs dos Backstreet Boys se preparam para a apresentação que acontece amanhã, no Recife. O show promete ser uma catarse coletiva para os fãs, alimentada pela nostalgia da época de ouro do pop adolescente, que marcou a vida de muitos jovens nos anos 1990.
Empolgada com o anúncio do show dos Backstreet Boys no Recife, a estudante Juliana Fernandes decidiu reunir outros admiradores do grupo que iriam à apresentação por meio de uma comunidade no Orkut. “Me surpreendeu o número de pessoas que apareceram; estão todos muito animados”, diz. Dentre essas pessoas estava Wollia, 25, que vem de Fortaleza com um grupo de amigos para ver o grupo. “Foi muita emoção, pois eu não teria condições de ir para São Paulo”, diz.
Gabriella Mendes sabe as dificuldades de ter que se deslocar para o Rio ou São Paulo para assistir a um show dos rapazes. Em 2001, no auge do sucesso do grupo, ela saiu de Palmares (PE), junto com o pai e seguiram de ônibus para a capital paulista. Lá, dormiram do lado de fora do estádio do Morumbi, junto com centenas de fãs. Segundo ela, no entanto, todas as dificuldades foram compensadas. “Era um sonho realizado; o show foi inesquecível, muito melhor do que eu poderia imaginar”, enfatiza. Dessa vez, o encontro com os ídolos, ao menos, será mais confortável.
Gabriella foi de ônibus à SP por amor ao grupo |
Para aqueles que associam os fãs de Backstreet Boys apenas às meninas, deve surpreender o número de homens que poderão ser vistos amanhã. E não, eles não estarão acompanhando as namoradas. “Na verdade, minha namorada nem curte o som deles”, diz o estudande Caio Xavier, 21. “Mas sou fã há bastante tempo, e como meus amigos também gostam, vou com eles”. Fã dos rapazes desde adolescente, ele confessa que nunca sofreu nenhum tipo de discriminação por gostar do grupo. Já Rodrigo Silva não pode dizer o mesmo. Por oito anos, ele foi cover dos Backstreet Boys (era o Kevin no grupo com os amigos), e, durante as apresentações, sempre ouvia comentários desagradáveis. “Mas eu não me importava com isso, levava na brincadeira mesmo”.
Mas a paixão pelos Backstreet Boys não tem idade. É o que comprova a dona de casa Maria da Conceição, de 46 anos. “Na época que eles explodiram, eu estava passando por uma fase complicada. O afeto pela banda me ajudou a superar aquele momento. Aí me apaixonei pelos meninos”, lembra. Maria faz parte do grupo Backstreet Sisters, que se reúne regularmente para trocar informações, além de eventos e ações, como um abaixo-assinado eletrônico para trazer os rapazes ao Recife. “Acredito que tivemos uma participação na vinda deles pra cá”, ressalta uma das integrantes, a estudante Clarissa Ribeiro, 23.
“No começo tem aquela euforia, aquela paixão, loucura. Agora o amor é mais maduro”, define Maria da Conceição. Seja qual for o estágio atual do relacionamento fã-grupo, uma coisa parece ser consenso entre eles: amanhã, pelo menos por duas horas, todos serão adolescentes mais uma vez.
Créditos: Folha PE
Subscribe to ..::We Love AJ McLean::.. by Email
Nenhum comentário:
Postar um comentário