Os gritos ensurdecedores começaram aproximadamente meia hora antes dos Backstreet Boys subirem ao palco do Hammerstein Ballroom, ontem a noite. Centenas e centenas de meninas gritavam cada vez que as luzes piscavam, as cortinas se moviam ou alguma de suas amigas gritava: "Nick, nós te amamos!", por cima do barulho. Os rapazes (agora... homens), ao longo dos últimos 17 anos (!) e várias situações que mancharam sua imagem adorável, mantiveram a sua base de fãs -- Nick e seu desastrado reality show, a reabilitação do AJ, e (ainda pior), Kevin saindo do grupo alguns anos atrás. Apesar disso tudo, uma coisa é certa: Conforme o grupo vai envelhecendo, suas fãs permanecem com a mesma idade. Pelo menos os rapazes tem um bom senso de humor sobre tudo isso.
De forma certeira, o grupo abriu o show com "Everybody" ("Backstreet's Back), apesar de o público ter cantado tão alto ao ponto de abafar os microfones. Não existe muito o que dizer sobre eles -- O vasto arsenal de hits no topo das paradas de sucesso faz deles a maior boy band do mundo (aceite isso, N'sync!). Na noite passada demonstraram, cantando "Quit PLaying Games With My Heart" e "As Long As You Love Me", que muitos de nós já sucumbimos aos seus encantos durante a nossa adolescência. Na verdade, tentar manter-se centrada ("Fica fria fica fria," uma das meninas dizia a si mesma) era um desafio -- especialmente quando a menina ao seu lado começa a gritar durante os acordes de introdução de cada música. Mas, eu não posso culpá-la: A menina de 10 anos que eu carrego dentro de mim estava desesperada para se libertar também.
A idade de cada um deles fica evidente, apenas, na forma como se vestem. Em um determinado momento Howie vestia um blazer de veludo vermelho combinado com uma echarpe prata reluzente, Brian usava um chapéu de aba larga e suspensórios, AJ, como sempre, usava seus jeans customizados, e os rebolados do Nick foram o que tornaram sua camiseta, com uma paródia da Nike que dizia "Já fiz!", mais interessante. Sem mencionar seus moletons, todos iguais, bordados com um gigantesco e reluzente "B". Mas os hits continuaram -- "Shape Of My Heart", "Show Me The Meaning (of Being Lonely)," "The Call" -- com algumas paródias em intervalos de 30 minutos.
Sim, paródias. Cada um dos membros da banda fez uma sátira a um filme popular, que foi editado -- não existe nada mais agradável o que ver popstars tirando sarro de si mesmos. Em "Velozes e Furiosos", Howie vence um raxa contra Vin Diesel e olha diretamente para a câmera para um inexpressível "Backstreet's Back." Em "O Clube da Luta" AJ dita as regras para uma multidão barulhenta: "Regra #2: Apenas dois rapazes podem cantar por vez. Regra #3: As músicas duram o quanto tiverem que durar." Brian canta como o principe sentimentalóide de "Encantada", e Nick se transforma en Neo, de Matrix: Faz realmente dez anos quando eu era uma das pessoas mais bonitas do mundo?"
Porém, o encanto infantil do Nick não existe mais, e não apenas pelo fato de ele ter, agora, 30 anos (Nem tão pouco a jaqueta branca.) O homem, hoje, tem mais presença de palco do que um diretor de cruzeiro. Seus rebolados e movimentos sugestivos fizeram despertar borboletas e desejos adolescentes, agora nós temos muito menos "sex appeal" e muito mais "predador sexual". É realmente necessária a manipulação de um joystick durante o show? Nós não temos mais 13 anos, e nem voces.
Quanto as novas músicas do grupo (do álbum novo, This is Us), nós ficamos um pouco menos entusiasmadas, apesar do resto da platéia parecer ter adorado tudo. Para ser totalmente honesta, "This is Us" e "Straight Through My Heart" são muito melhores ao vivo. Gostamos menos delas no CD, talvez porque soe muito anos 90 e fique estranho sem a o coro de fãs fora de sintonia ao seu lado para equilibrar isso. Mas, quem liga: "Larger Than Life" e "The One" serão eternas. Meu Deus, eu realmente amo os Backstreet Boys.
Fonte: villagevoice.com (Posted by Puja Patel, 11/06/2010)
Tradução livre e postagem: Dannynha Mansani
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