sábado, 19 de fevereiro de 2011

[#BSBinBrazil] Backstreet Boys devolveram a adolescência aos fãs

O auge ficou no início dos 2000, mas os Backstreet Boys negaram-se a fazer um show melancólico nessa sexta-feira (18) no Chevrolet Hall, primeira parada da turnê "This Is Us" pelo Brasil. A casa estava a meia lotação, o que também pouco importou. AJ, Brian, Howie e Nick cantaram de verdade, rebolaram, se empolgaram como nos tempos de estádio entupido de gente.

Nem de longe são uma boy band de playback, o que já é de se aplaudir. Os aficionados – isso mesmo, "os", havia muitos meninos – responderam à altura. Olhos vidrados no palco do começo ao fim, coro nos sucessos e gritaria incessante mostraram aos garotos que, sim, toda vez que eles estão para baixo, os fãs fazem tudo dar certo.

Mesmo sem empolgar com as canções do álbum mais recente, deu para notar que os caras ainda dão um caldo pop de primeira. A faixa-título This Is Us, as baladas Undone e She's a Dream, a engraçadinha Bye Bye Love e a pegajosa Straight Through My Heart têm aqueles refrãos redondinhos, que fazem querer cantar junto.


Obviamente, ninguém sabia as letras, o que facilitou na hora de escutar as vozes ainda belas dos BSBs. Mas o povo pareceu ao menos prestar atenção e dar crédito àqueles que, por uma década, reinaram nas FMs do mundo e foram os últimos grandes vendedores de CDs na era pré-download.

Só que todo mundo queria mesmo era se rasgar com I Want It That Way, All I Have To Give, The Call e The One. A choradeira generalizou-se em Shape Of My Heart, do álbum Black & Blue, um dos últimos arrasa-quarteirões do hoje quarteto. Que o diga a advogada Juliana Ribeiro, 32 anos, em lágrimas depois que os quatro sumiram atrás do telão para não mais voltar. "Mesmo estando na pista, distante, valeu muito a pena. Sou fã há 16 anos."

Aliás, a pista dava uma visão considerável dos rapazes, enquanto no frontstage a galera que pagou o dobro pelo ingresso esticava o pescoço e sufocava de calor para checar mais de perto o rebolado de AJ e as firulas de Nick. Pelo menos um desses abnegados teve a glória de entregar uma sombrinha de frevo ao loirinho, que repassou o presente a Brian, e a casa foi abaixo. O ruivo também conversou mais com o público, líder e simpático que é.

Sem banda, o DJ dava conta do recado. Nos intervalos das trocas de roupas, o telão mostrava esquetes que colocavam os boys no lugar de personagens principais de filmes de Hollywood. De Encantada a Velozes e Furiosos. Sem dúvida, o melhor foi Nick como o Neo de Matrix, um substituto à altura de Keanu Reeves – pelo menos no quesito beleza.

Horas antes de ver tudo isso e se jogar na euforia coletiva, o jeito era aguentar o calor do Chevrolet Hall como um guerreiro. Não arredar pé do lugar escolhido a dedo nem para ir ao banheiro, que por sinal ficou às moscas o tempo todo. Desde meio-dia na casa, a dona de casa Lindorete de Moura, 32, não estava nem aí para esses detalhes e grudou no gradil que separava a pista do frontstage. Com as filhas Dárvilla, 16, e Natalli, 9, que herdaram  a idolatria da mãe.

No fim das contas, sair sem voz pelos Backstreet foi pouco. Ainda que sem Kevin, o quarteto devolveu a adolescência aos fãs mais antigos por duas incríveis horas, fez brilhar os olhinhos de crianças que nem estavam neste mundo quando eles eram o top do pop, e, quem diria, nem chateou tanto assim os maridos e namorados obrigados a acompanhar as mulheres. Resta pedir que "This Is Us" não seja a turnê de despedida dos ex-garotos.

Créditos: JC Online

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